Para quem você se veste?
Parece uma pergunta simples, mas pode querer dizer muito mais sobre nós do que imaginamos. Isso porque tudo se liga a autoconfiança. Já parou para pensar para quem você se veste?
Há quem diga que mulheres se vestem para os homens. Nessas horas me identifico com a Leandra Medine, se for considerar que muitas peças que uso namorado/amigos não curtem, rs. Para quem não conhece, é ela a blogueira americana por trás do Man Repeller – que está na foto que abre o post, como não poderia deixar de ser. Lá em 2010, ela chegou a conclusão de que a maneira como se vestia afastava os homens e criou seu espaço para discorrer sobre essas roupas – que elas amam e eles nem tanto – de uma maneira descontraída e engraçada. O legal mesmo é que ela sempre fez suas escolhas sem se importar com o que outros pensariam, mesmo que isso tenha custado, desde a adolescência, muitos olhares de desaprovação.
Por outro lado, há quem diga que mulheres se vestem para mulheres. Afinal, são elas que vão notar cada detalhe, saber o que está na moda. Acho que essa ideia, sem querer, tem relação com aquela velha competitividade entre mulheres, sabe? Aquela que é cada vez mais discutida e deve ser deixada de lado – oi, sororidade. : )
A resposta deveria ser que nos vestimos para nós mesmas. E só! O fato de usar o que nos faz bem tem muito a ver não só com a nossa autoestima e autoconfiança, mas com a maneira que levamos a vida. O nosso gosto, nossa opinião e nossa vontade é forte o suficiente para filtrarmos as opiniões que devem ou não ser levadas em conta? Pois deveria.
Nem sempre é fácil ignorar – ou melhor, filtrar – o que está a nossa volta. Mas que tal começar a fazer isso vestindo o que realmente traduz o que você é e faz você se sentir bem? Por um mundo onde a gente possa usar – e fazer – o que nos faz feliz, sem nos preocupar com as opiniões alheias e julgamentos. : )
Beijos,
Paula
[Texto originalmente de 21 de fevereiro de 2016 do meu antigo blog Walking on the Street e adaptado em 2018]